
Volto à ironia constante da vida da idade do armário, será mesmo desta idade? Tenho receio do futuro embora não deva, gostaria de ficar nesta idade para sempre embora não a consiga aproveitar ao máximo. Grandes desilusões, é normal! Poderia eu coser um sorriso nos meus lábios para nunca mais conseguir deixar de sorrir? Era bom para alimentar o meu psicótico de boas sensações e más emoções de vida.
Cruz grande que prendes a alma dos pecados mortais, não o leves contigo por não ser horas. Preferes escrever nomes a reservar lugares de destino infernais a quem irá trazer o cheiro cremado de peles e ossos.
A sociedade revela-nos que os olhos são desonestos, uma alma perdida, uma alma achada, uma alma traidora. Tudo isto pode existir numa célula do olhar verde, azul, castanho, amarelo, vermelho...
Não consigo olhar assim mas também não sei se me esforçe para o fazer, o que é agir bem? o que é o respeito e o amor que se sente?
Impaciente por respostas que cada vez mais são impossíveis de serem respondidas, solitária e descontraida?! Sou humana e animal, não infelizmente um vegetal.
Nasce quem tiver que nascer mas será que nasce mesmo? Eu não tenho força para compreender o nascimento de quem não existe um fóssil, porquê um dia específico e não um dia qualquer? As piores perguntas são aquelas rectóricas que nos podem fazer mudar mas por ser mais simples seguimos o rebanho.